PROMESSAS
Andei sobre a areia quente, irritando o solo. Não sabia se era delírio ou azar relembrar um caminho esquecido; oásis perdido erguido por colunas ancestrais.
Encontrei estruturas e rachaduras vertendo um belo sorriso, e do restos do friso vi fantasias em agonias reais.
Em pleno sol, em pleno deserto uma sombra me dava calafrio. Em pleno sentimento incerto eu vi aquele recitais de poemas
Pedaços escritos,
pela rival sempre vitoriosa, feiticeira, com o destino dito
o qual morrerei sem decifrar o emblema.
Calado repito, andando, o que toda criança grita nos arcos de um corpo a se decompor nos versos; rachaduras:
- Eu sou Thiago, temei ó formigas, sobre as ruínas que jamais me defasei,
beijarei apaixonado as fraturas da minha casa, da minha rua, por todo asfalto em que passei.
Erguei maldita criatura, erguei!