Servo do Silêncio n.º2
Uma posse de cem anos revela
Descaso e uma perda constante de euforia
Tamanha a estação de desdém que neste dia faria
Um circuito completo à Roda da Vida
Culpar-se-iam, porém, os charismata e
Um dolo possível na voz do vigário
Ou ficaria clara a sovela que, de modo hereditário,
Vai afundando a pele, dando-lhe liga e formato paterno
Por fim, ferindo a orelha com um sinal eterno
Em evidência de alma torpe e conquistada,
Que agora dirá a si somente ou estará calada
Mas terá ela aquilo de seu anseio terno
O hodierno momento ainda nem pesa,
Está tudo suspenso sobre a mesa,
Negarem-se os ditos seria o mais prudente
Ou talvez—e talvez somente—, tê-los de vez aceites
Isto e mais nada, agora silêncio