Ser poeta.

Como viver sem o encanto da poesia, se é ela que toca profundamente minh’alma?
Seu magnetismo constantemente me leva a transportar ao papel aquilo que mexe e remexe em meu coração.
Se uma folha cai ou flutua ao som da ventania, a inspiração é avivada,
mesmo sabendo que o galho seco afugentará os pássaros que nos encantam com seus cantos maviosos, mas não há como fugir
o registro de tal beleza.
Como deixar passar em branco o entardecer de um dia de sol avermelhado na Primavera e esse mesmo sol dourado se escondendo
entre nuvens no começo da tempestade
em pleno Verão.
E o luar?
Ah o luar... quer algo mais lindo que uma madrugada no sertão iluminando os caminhos e suas silhuetas.
Isso tudo registrado não posso deixar de lado o amor que encanta os amantes,
mas que também os desencanta deixando marcas profundas.
Até a saudade, sentimento que tanto nos incomoda,
também é registrada com várias roupagens por poetas que a vivem
ou têm conhecimento da sua existência.
Por isso não abandono a vontade de continuar versejando
e registrar para a eternidade os amores eternos, as paixões desmedidas,
as estrelas cadentes, o orvalho noturno,
a natureza, os jardins da vida
e o canto dos pássaros.
Ser poeta é ser romântico, real e verdadeiro
na escrita do seu desabafo.
Fernando Antonio Pereira
Enviado por Fernando Antonio Pereira em 21/12/2019
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