Canção de Boa-venturança

Vejam eles, lá vêm o eterno não,

Seguido do punho cerrado e a intenção de danação

O monte fortificado confinado

Em proteger as bandeiras despregadas do mal consumado

E não é isto tudo, ainda há daqueles que digam,

Sobre nomes de misteriosa onomástica

De raiz afundada em pervertida relação,

Que indica em imo, na verdade, vontade quiromaníaca

Mascarando, contudo, minha situação

Ora, deixemos a parábola de lado

É a azia química que me corrói o esôfago,

De indicação oficial e imperativa, todavia,

É o remédio, aviado contra o meu estado,

Que me mantém dopado pelo restante do dia

O motivo verdadeiro deste eu raivoso,

Contraditório ao meu hino mais sacro

Esta intenção e voragem de espírito doloso,

Espiralando e agrilhoando com um dó parco

Venta algo novo

Sobressai distante um caudal

Seria este o ponto

O outro lado, pós divisa marginal

Talvez, os cantos prometidos,

Que vinham sendo ditos,

Removeriam meus sentidos

E o meu toldar e viver malditos

Quiçá

H Reis
Enviado por H Reis em 16/12/2019
Reeditado em 25/03/2022
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