TEMPO! PARA MIM... OU PARA OS OUTROS?

As areias a caírem, ininterruptamente, d'ampulheta

Sucessivas... a que se seguem afora

E minh'essência a se torturar num'angústia sem igual!

Quanta dúvida, meu Deus!

Quanta indecisão!

Quando elas, pois cessarão?

Acaso, no instante em qu'eu colocar os meus "pés no chão"?

Quem sabe!

E, assim, poder ver a verdade de como agora eu estou...!

Tempo...! Todo o tempo!

Quanto o tenho para mim?

Quanto o tenho para os outros?

Não! Nem a vida, nem Deus o m'entregou... somente para mim

Tenho-o que reparti-lo

Ai, não! De form'alguma!

Não me foi dado também para qu'eu o desse... somente para os outros

Preciso-o dele...igualmente... para mim

Tempo...! Quanto tempo aind'aqui restará:

Para mim... e para os outros?

Tempo... tempo... tempo...

Não posso perder... tempo!

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15 de dezembro de 2019

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 15/12/2019
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