TEMPO! PARA MIM... OU PARA OS OUTROS?
As areias a caírem, ininterruptamente, d'ampulheta
Sucessivas... a que se seguem afora
E minh'essência a se torturar num'angústia sem igual!
Quanta dúvida, meu Deus!
Quanta indecisão!
Quando elas, pois cessarão?
Acaso, no instante em qu'eu colocar os meus "pés no chão"?
Quem sabe!
E, assim, poder ver a verdade de como agora eu estou...!
Tempo...! Todo o tempo!
Quanto o tenho para mim?
Quanto o tenho para os outros?
Não! Nem a vida, nem Deus o m'entregou... somente para mim
Tenho-o que reparti-lo
Ai, não! De form'alguma!
Não me foi dado também para qu'eu o desse... somente para os outros
Preciso-o dele...igualmente... para mim
Tempo...! Quanto tempo aind'aqui restará:
Para mim... e para os outros?
Tempo... tempo... tempo...
Não posso perder... tempo!
*************************
15 de dezembro de 2019