Seu misterioso olhar, a me convidar para o infinito.
Meu receio inato, a me travar...
e só me permitindo os monossílabos.
Você me cortejava publicamente
enquanto minhas faces em chamas
ruborizadas,
de tão incendiadas faziam das cinzas
um réquiem da phênix...
uma tradução clichê...
Seu misterioso ar circunspecto...
Suas palavras tal como Narciso se admiravam em pleno eco...
Sua regência verbal sempre correta.
Seus plurais eram como um panapaná
alvorçado, colorido e feliz...
Mas, no passado, suas ideias estavam em casulos feios,
sofrendo metamorfose e,
se alimentando de luz e observação
Ciosa, cuidadosa e detalhista...
Cada frame, cada ângulo, cada insight
parecia nos mergulhar no abismo
existente entre nós...
existente em nós, apesar de nossas
certezas consumíveis.
Você popular e querido
por todos em todos...
Você ria e debochada de tudo...
o que me irritava
pois achava desrespeitoso.
Seu humor era constante e bom... já o meu, era imprevisível...
Por vezes, sua vaidade era cômica...
Por vezes, sua empáfia era ridícula
Pois não somos nada...
viemos do pó e iremos para o pó...
Podemos fazer a diferença...
mas, na maioria das vezes,
somos reprises malfeitas de nossos antepassados...
Mesmos afetos,
mesmos laços,
mesmos descompassos...
E na perda do ritmo
somos enredados pela dinâmica inexorável
do multiverso.
Meu receio inato, a me travar...
e só me permitindo os monossílabos.
Você me cortejava publicamente
enquanto minhas faces em chamas
ruborizadas,
de tão incendiadas faziam das cinzas
um réquiem da phênix...
uma tradução clichê...
Seu misterioso ar circunspecto...
Suas palavras tal como Narciso se admiravam em pleno eco...
Sua regência verbal sempre correta.
Seus plurais eram como um panapaná
alvorçado, colorido e feliz...
Mas, no passado, suas ideias estavam em casulos feios,
sofrendo metamorfose e,
se alimentando de luz e observação
Ciosa, cuidadosa e detalhista...
Cada frame, cada ângulo, cada insight
parecia nos mergulhar no abismo
existente entre nós...
existente em nós, apesar de nossas
certezas consumíveis.
Você popular e querido
por todos em todos...
Você ria e debochada de tudo...
o que me irritava
pois achava desrespeitoso.
Seu humor era constante e bom... já o meu, era imprevisível...
Por vezes, sua vaidade era cômica...
Por vezes, sua empáfia era ridícula
Pois não somos nada...
viemos do pó e iremos para o pó...
Podemos fazer a diferença...
mas, na maioria das vezes,
somos reprises malfeitas de nossos antepassados...
Mesmos afetos,
mesmos laços,
mesmos descompassos...
E na perda do ritmo
somos enredados pela dinâmica inexorável
do multiverso.