Réquia
A propósito, a máscara caiu
Minhas escamas provaram-se inúteis
E as táteis verdades fúteis,
Por fim, pesaram em um coro febril
Aliás, chegaram em sonho
A mão amiga e sua decisão de ida
E delas cada expressão de ira
Em uma efígie de rostro medonho
E o que revelou esta verônica
Quão longe e vasto tensionou ir o barco
Que não tenho força agora, estou fraco
E o que é que esta visão significa
Pois bem, eu digo, nada me é este mal cumulativo
Ora, se a ferida não estanca, e ela não para,
Tanto faz a estúpida carranca ou a furiosa clava
Meu mar é mais fundo e infinitamente mais turvo
As cortinas deste palco, que fechem!
Os últimos acordes já se encadeiam
Ave às vozes que gorgolejam e gorjeiam!
Às filhas de Hades, que minha alma carreguem
Meu vestido dora é um bálsamo funesto
Enquanto me tenho ereto e vago pelas ruas
Comendo por rapinagem das carnes cruas
Mas mantendo o ar discreto com um leve toque de cianureto