Amanhecer
Nasce a vida, contínua,
Brilha a luz..., retilínea.
A relva resplandece,
Umidificada pelo orvalho noturno.
Contraste, com a diversidade das flores,
Que com suas cores, são verdadeiro sinal da eternidade...
Do movimento incessante dos polos, dos pólens...
Da inércia da preguiça em se manifestar
Frente à energia que nada deixa a desejar.
E a tudo transformando.
O tempo não para.
O sol já ameaça, com frestas coloridas,
Entremeando as nuvens,
Surgindo, de mansinho.
O movimento do novo dia cresce
Proporcionalmente ao recolher da noite,
Para em seu esplendor,
Insurgir-se em todos os poros,
Revolucionando as moléculas mais densas,
Carregando com novas energias, as pilhas humanas... sonolentas.
Fazendo com que o seu ritmo manso
Acelere-se rapidamente, dando ao dia uma nova face,
Mais frenética ainda, que a de ontem,
Espantando os esqueletos da mente,
Os fantasmas da alma,
A preguiça do corpo.
Para que todos vivam cada dia, em sua plenitude,
Tornando-se, a cada amanhecer, um novo Homem,
E, com a sabedoria, que é característica da espécie,
Agradecer por cada anoitecer,
Pois só assim, veremos o sol brilhar novamente,
No amanhecer, que se aproxima.