Passado
Não sobraram fome, força, nem minha estranha vontade
Nem o epítome duas caras do qual tu me acusavas
Gastaram-se meu fino pó e minha alma alvejada
Sobrando de toda a forma a voz estridente distante,
O bastão turvejante, a fera inculta e a faca eivada
Eis meus portões lançados abertos e assim petrificados
Meu guardião cão à porta confortavelmente aprisionado
Os raios despejados sobre a minha noite, e então ela,
Ela interminável em sonhos descabidos de viva cinzela,
A comuta de minhas mazelas tauxiadas neste eterno anelado
Meu passado, ah, meu passado