Sentado e à Espera
Sim, não contornas livre o horizonte,
Ondulas entre árvores e luzes da cidade
Com teu corpo afetado pelo calor
Sim, não fazes questão com as aves,
Os círculos que elas fazem
Nem recebes teu miúdo observador
Estás debruçado sobre o cenário,
E tamanho é o fator imaginário
Que de ti perguntam quem será que te alçou
Sob tão grande furor, talvez um ponderasse
Se não és um só, se não tens demais dor
E o que passas quando é vermelha tua cor
Mas quanto àquela austeridade,
Impuseste tua descabida autoridade, o teu nu
E o fundo anil azul que abundas em formosidade noturna
Pois hoje não carregas nuvens
Nem deságuas chuvas
Nem tua voz comungas