Em teus olhos, o eu que me procuro

Dava pra ver. Eu vi na iris dos seus olhos, meus mais sinceros medos. A medida de todas as coisas, eis me aqui, a descoberto. Não presumo-me uma inabalável fortaleza; bem ao contrário: sou dotado de fraquezas e incertezas, sou humano, demasiado humano. Todavia, e isso não me faz rude, tenho minhas convicções. Você poderá perguntar se não mudo de opinião. Respondo que sim; afinal, é pra isso que existimos. Não somos totens, estáticos. Sou humano, demasiado humano. Nessa condição, me arrisco aos erros, porém, procurando tirar ensinamentos. Sou humano, demasiado humano.