Azafama nos Pâmpanos

Abrem-se espaldas e ala aterrada

Triunfos, trombetas são-me sóis cada

Eu mesmo venho errando passos

Que me vejam chegar aos mares

Aproximar as ilhas às minhas linhas

De mim evitar o som dos estares

E ainda assim ouvir gritarem e nome

Eia, aves, transladantes, nubívagas,

Cá me as pernas pesadas ferem

E tenho aquela velha sombra calada

Ora, nem vistes gotinhas por sobre pâmpanos

Tristeza alguma

Dar de epíteto a isso alvorado

Dizer que passa

Que se salva

Das redondas feridas da escalpa

Sendo só esfola

Daquele vento que sopra

Campanha verde e mastigada

Um martírio

Nada e mais nada

H Reis
Enviado por H Reis em 02/12/2019
Código do texto: T6809375
Classificação de conteúdo: seguro