Número PI
As metamorfoses de um corpo só jamais serão em vão,
menos ainda o olhar para dentro, para onde não se consegue tatear, para se encontrar.
Parece triste e só será se você permitir.
A vida ligeira traz consigo o poder da escolha, da pausa, do livramento, do olhar infinito e além, para se encontrar.
Amor e ódio seguem diametralmente e na moda!
Como um querer que não se escolhe,
que sequer se permite, quimeras um instante.
O desejo que envolve é o mesmo que cega.
Deixa vir para ser paz e ser fogo e ser parte de um todo indivisível, para se encontrar.
Os entrelaces passageiros que nos comovem são os mesmos que nos consomem,
paroxítonas de um mesmo vocabulário interno e de interrogações recentes,
para (nos) encontrarmos.
E quem bate as portas é o mesmo de quem as deixam fechadas, cruel de face outra
deixemos a escolha para seguirmos visando a onda da bossa nova, de vida e de paz.
Certa vez me disseram que não seria simples, que não seria retilíneo, que não seria o suficiente para ser luz em meio a escuridão.
Há razão nos ensinamentos de outrora!
Desta fórmula humana - quase matemática – surgirão inúmeras equações jamais decifráveis,
se você não se permitir, tanto quanto evoluir, a alma.
O que dói mesmo é a tamanha indiferença, quanto a tudo que se criou antes deste nada
presente, forte e pungente existir.
Não só por mim, também por ti.
Geometria, filosofia, Arquimedes.
Quando se soma, se perfaz, se traduz, se equaciona o resultado desejado.
Fica e deixe ficar!
Multiplica.