Jamais
Jamais pensei que pudesse sentir o que senti por ti;
Jamais pensei que pudesse partir.
Logo você, amada minha;
Quem sempre me fez sorrir, agora me faz chorar.
Vivo agora sentimentos ambíguos;
Ora amo-lhe, incondicionalmente.
Ora odeio-lhe, com coração e mente;
Como Teseu, estou perdido.
O meu pranto, escorre agora pela face;
Tal o orvalho na folha de um cacto do deserto.
E não há que antídoto que sare, que passe;
O desespero que é não tê-la ter por perto.
Sinto o peso do mundo em minhas costas;
É físico, meu corpo dói por você.
Sinto, mas não tenho vocação para Prometeu;
A vi partir, tal qual Ariadne viu partir Teseu.