EDITANDO
Tomei o lápis da vida pra editar o caminho. Tracei uma linha reta seguindo o curso da história. Estacionei na esquina da estrada para reeditar o pensamento e o olhar. Cruzei travessias e pontes sempre com o lápis em punho, na premissa de editar algo inovador, inóspito e marcante. No decorrer do percurso, tive que apagar alguns traços, algumas metas e trajetórias perdidas. Para seguir adiante, fiz os contornos necessários, no intuito de retomar ao ponto de chegada e de partida. Sempre editando os textos e tecendo os contextos no qual situava o lápis vivante. Nesse traçado, as linhas se tornaram sinuosas, oblíquas e estreitas. Mas, era preciso continuar editando as trajetórias e as memórias em curso, registrando os signos e os fatos, num processo contínuo de edição e reedição dos seres e das coisas.