Quanta saudade





Olhando as flores naturais, me faz lembrar
da minha mãe, 
Dona Áurea...
Que quando cultivava seus jardins,
sem escrever uma só palavra, 
ela era a pureza da poesia.

Ela plantava as sementes, 
colecionava rosas, as regava.

Aos domingos ela fazia vasos, coloridos, 
com tanta alegria,
vasos bonitos, repletos de flores e de amor,
ela ficava pelos cantos da casa.

Ela cantarolava,
enquanto o cheiro do almoço fugia pelos ares,
depois nos reunia à mesa, junto ao meu pai..

Ela falava das rosas e das flores, com empolgação.

Hoje, ela está bem velhinha, lúcida, mas,
daquele tempo, sentimos muitas saudades,

O Mestre Pedro,
ah ele agora está do outro lado da vida,
chega à apertar o meu coração,
saudade é uma doce ferida.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 30/11/2019
Reeditado em 01/12/2019
Código do texto: T6807155
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