ONDE FORAM MEUS VERSOS?
Onde vai este esplêndido fulgor?
Passa por mim qual um cometa
E deixa rastros, seja onde for!
Onde vai esta cascata de versos
Que desliza fluente
Pelo morros do meu universo?
É a inspiração que aflora
Vezes na noite, vezes na aurora
Sempre em busca do seu mote.
Se te encontra pelos caminhos
Abraça-te num aninho
Porque lhe sorriu a sorte.
Mas, se te escondes perverso,
Volta vencido meu pobre verso
Perdido de sua razão de ser.
Retorna disperso... aflito,
Nem lhe ouves o grito
De tão profundo querer.
Palavras se desfazem e, o vento,
Inclemente em seu passatempo,
Arrasta-as cruel e impiedoso.
Sobram restos ilegíveis!
As palavras que eram um grito,
Restam em sussurro lamentoso!
AGOSTO DE 2018 - editado em nov/2019 Najet