MECANISMOS DAS REAÇÕES & EXÍLIOS
Lanternas iluminam passos de caminhantes,
Há os que precisam de faróis e os de lamparina,
Há os de luz própria, vaga-lumes, peixes-diabo...
A escuridão desconcerta, o vazio também.
Exílio, escuridão de familiaridade, saber-se ostra,
Apesar das fibras rígidas para um Mollusca.
Fugir de flashes e de luzes , e de velas e valas.
Um exílio acompanhado apenas pela Saudade.
Iluminuras apontam lanternas e lamparinas
E a avó que caminha no mato para realizar partos.
A Lua cheia não colabora, pirilampos em riso de mofa
E a flor do brinco-de-princesa balouça-se ao vento!
Os caminhantes acompanham a chaga da caminhada,
Necessitam de luzes várias e ovárias, não de néon ou lads.
O desconcerto no concerto de luzes que consertam as trevas.
O exílio alucina, mas, antissepticamente,age sobre a podridão.
A ostra fez-se fosca, queria ser libélula, mas dessa só tem rima
No que faz,fruto do acaso, a pérola, a rigidez da flacidez ...
A prova de que o confinamento pode dar inícios, talvez
Como o deserto acudiu Àquele na guerra contra o Demônio...
Uma ostra me ilumina o caminho de fuga de um Egito
Que poderia ser bonito, um Nilo que se anila ao céu,
Mas fará ostra ...Ostra imune à areia... e não areia
E é preciso evoluir, o corpo mole deve sair e endurecer-se outra vez.