Um Banco E Um Pôr Do Sol
Todas as tardes são assim
Ele lá de cima vê a rima
E seu companheiro, cá de baixo,
Só segue intacto a sina
Não divergem sobre o tempo
Riem juntos sempre de se mesmos
Momento que chegando vai
Torna-se novo quando se vem
O banco da praça já ouviu, apoiou
E suportou golpes de mão fechada
Tantos corações bater
Eles tinham o seu próprio tempo
Disse para o pôr do Sol
O astro rei quando de bom humor
Corria seus raios avermelhados
Bem devagar por entre os olhos
Daqueles que miravam sem tempo
O fim de tarde chegar e depois ir
Era a sua tentativa de entrar
por entre pelos olhos e de alguém
e chegar ao seu coração.
Essa dupla de amigos poetas
Eram tão poetas quantos seus companheiros
Não conhecidos por qualquer público.