O Reencontro...


No encontro entre as montanhas e planícies 
O amor sempre será o melhor gerenciador de crises
Para que mais um livro pudesse existir
Ele fez as malas e decidiu partir
Devo chegar lá ao amanhecer
Será apenas um Oceano a me separar de você 
Percebe o semblante daquela que o adora
Um suspiro profundo ...
Por favor moça não chora
Sem acreditar mais em qualquer sentimento pleno
Ele abraça forte aquele corpo moreno
Os anos são velozes...
Não tarda e o Natal se aproxima
Mas as pessoas estão mais preocupadas com as nozes
Do que com as outras pessoas que vivem nas esquinas
Chega uma repentina passagem de avião 
Talvez haja turbulência 
Sem nenhuma prerrogativa de sedução 
O vestido cobre tudo menos a inocência 
Encantada com a beleza do chafariz
Segura tímida a barra do vestido
Para se proteger de um vento infeliz
O endereço a levará até uma livraria
Com vidros na fachada
Autografando livros de poesia
Aquele que não esta mais nessa caminhada
Entretido em meio há tantos volumes
Ele sente o cheiro daquele perfume
Já não é nenhum inconsequente rapaz
Poucos passos o separam da moça de Batatais
A neve pareceu cair sobre seus cabelos brancos
Procura desesperado por aquele sorriso franco
Maneia a cabeça confuso como se fosse besteira
Até surgir na sua frente a brasileira...
Dos olhos dele caí uma lágrima no papel
Formando assim um borrão 
Num reencontro com Raquel
A moça que o tem no coração 
As mãos ficam trêmulas como psicografia
Então ele autografa no prefácio da poesia
Feito um menino diante da moça ingênua 
" Com todo o carinho para a minha morena..."
Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 19/11/2019
Reeditado em 19/11/2019
Código do texto: T6798636
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