As cicatrizes que ainda sagram
A cativa desgraçada
Permanece agachada
Sob golpes da chibata
Que lhe corta a carne
Deixando feridas abertas
E ela permanece calada
Para não acordar seu filhinho
Que dorme encolhido
Sobre o banco
No canto da senzala.
Oh, Meu Deus!
Ajude pra que eu volte
Para a terra de meus antepassados
O continente Africano.
Lá eles cantam em seus terreiros
Bem alegre, bem felizes
Não se vendem, não se trocam
Por quantias em dinheiro
O que causa me espanto
É quem persegue nós os cativos forasteiros
És um nego chamado feitor.
Ele também viera na mesma embarcação
Chamada de navio negreiro
Eternizada nos versos do Escritor.
Castro Alves. O poeta Brasileiro.