Estávamos atrasados. Temos dormido com ventiladores ligados, para sentir a fuga dentro de aviões em sonhos que nunca tivemos certeza que conseguiríamos sonhar. O som do que o vento se sente capaz enuncia um segredo:
 
“Da boca dele saem
as luzes que cercam
sua ciranda
e dor”;

A permissão de uma sonolência válida é minha observação: o arfar do teu peito em uma noite silenciosa e calma foi o ressoar do coração na vértebra:
 
“Mundo de tempo cortado:
a noite não
dura tanto no
coração amado”;

O barulho que descrevo é uma criança – e felicidade. Ambos confessarão o enorme vazamento dos meus olhos juncos nessa proporção de amor e encantamento:

“Refiz a moela para
lhe presentear com
o meu destino de
vísceras e imensidão”;
 
§

Traga os pés na consciência do que externamos. Deixo que continues lindo, para que eu e o amor possamos florear o jardim do campo vazio – cujo título de nossos nomes serão talhados nas mesas de jantar.
Lainni de Paula
Enviado por Lainni de Paula em 13/11/2019
Reeditado em 28/11/2019
Código do texto: T6793624
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