O momento em que o corpo olha a liberdade
Sempre tampado, nunca respira.
Não se vê umbigo, sempre e no máximo, se vê pupila.
Branco, está sempre envergonhado.
Quando o observar, estará tampado.
Não consegue espiar os outros.
Os outros nunca viram esse irmão corpo.
Nem de longe é o pior.
Mas ninguém o deixa por si e só.
Um dia, a coragem o desafiou.
O corpo então, na oportunidade, se mostrou.
Não foi um espetáculo "desnudo".
Foi apenas uma fuga do absurdo.
O corpo não estranhou e não foi estranhado.
A pequena amostra de liberdade não o deixou envergonhado.
Por instantes, foi alvo de alegria.
O corpo, então, entendeu sua melodia.