O SER QUE ME FEZ SER
E quando na turva noite sentir saudades
Olhe a estrela que eu me tornei.
Bailarina dançarei nas nuvens
Sorridente voarei livre pelo espaço,
Sou pássaro errante nos certos caminhos
A roseira cheia de espinhos que me transformou
Não é mais
As minhas lágrimas regaram-as
Hoje são flores coloridas no campo,
Campo selvagem e intransponível
Tornei-me parte do campo
E de tão selvagem que sou 
Jamais  voltará a me tocar
Meu corpo você perdeu
Minh'alma não mais é sua.
Sou tudo aquilo que me fez tornar
Nada além de sua própria criação.
JOEL MARINHO