Mercado do conhecimento
Um dia destes ouvi:
-Eu não te conheço!
Esta fala levou-me a reflexão a seguir:
Será que nos conhecemos?
Eu não te conheço, nem tão pouco, você me conhece.
O que conheço, são alguns dos seus adjetivos.
Sei que você é transparente, perfeccionista, objetiva(o), exigente, leal, irritada(o), amorosa (o) etc...
Se olhar para você com os olhos de sua mãe terei:
-É uma filha (o) , que sempre me deu orgulho, sem defeitos.
Se olhar para você com os olhos de seus amigos:
- Uma amiga (o), presente e leal,
Se for pelo olhar de pessoas ligadas a sua área de atuação dirão:
- Um profissional extremamente competente.
Se for com os olhos de quem te ama:
- Tem defeitos como eu, mas fico com o conjunto da obra.
Mas, se eu te olhar com os teus olhos, verei que ainda tens muito para ser aperfeiçoado.
Cada pessoa nos vê por um prisma.
Porque oferecemos a elas argumentos para nos colocarem um “rótulo”.
Quantos “rótulos” já nos colocaram pela vida a fora ?
Entendo que nunca estamos satisfeitos com o que temos ou somos, olhamos sempre para aquilo que não conseguimos, optando na maioria das vezes, por uma lente embaçada, que não registra os pequeninos passos que já foram dados e nos tornaram melhores.
Sei que as decisões acerca de nossas vidas, nem sempre são tomadas com imparcialidade porque dependem, da ocasião, dos fatos e da nossa pré-disposição.
Nós não nos conhecemos!
Porque não temos um manual de receitas que nos indica o que devemos fazer nessa ou naquela ocasião.
Mas, se quisermos nos conhecer, ou, a outrem. Precisaremos buscar o que disse o filósofo:
Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o mundo