Mercado do conhecimento

Um dia destes ouvi:

-Eu não te conheço!

Esta fala levou-me a reflexão a seguir:

Será que nos conhecemos?

Eu não te conheço, nem tão pouco, você me conhece.

O que conheço, são alguns dos seus adjetivos.

Sei que você é transparente, perfeccionista, objetiva(o), exigente, leal, irritada(o), amorosa (o) etc...

Se olhar para você com os olhos de sua mãe terei:

-É uma filha (o) , que sempre me deu orgulho, sem defeitos.

Se olhar para você com os olhos de seus amigos:

- Uma amiga (o), presente e leal,

Se for pelo olhar de pessoas ligadas a sua área de atuação dirão:

- Um profissional extremamente competente.

Se for com os olhos de quem te ama:

- Tem defeitos como eu, mas fico com o conjunto da obra.

Mas, se eu te olhar com os teus olhos, verei que ainda tens muito para ser aperfeiçoado.

Cada pessoa nos vê por um prisma.

Porque oferecemos a elas argumentos para nos colocarem um “rótulo”.

Quantos “rótulos” já nos colocaram pela vida a fora ?

Entendo que nunca estamos satisfeitos com o que temos ou somos, olhamos sempre para aquilo que não conseguimos, optando na maioria das vezes, por uma lente embaçada, que não registra os pequeninos passos que já foram dados e nos tornaram melhores.

Sei que as decisões acerca de nossas vidas, nem sempre são tomadas com imparcialidade porque dependem, da ocasião, dos fatos e da nossa pré-disposição.

Nós não nos conhecemos!

Porque não temos um manual de receitas que nos indica o que devemos fazer nessa ou naquela ocasião.

Mas, se quisermos nos conhecer, ou, a outrem. Precisaremos buscar o que disse o filósofo:

Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o mundo

lisbella
Enviado por lisbella em 03/10/2007
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