A vida.
Ah vida, lá no morro...
Éh! Vida tranquila,
Calma e sossegada.
Com tempo para ver
O tempo que corre!
Enquanto em cada fresta
Da densa e vívida,
Copada da floresta...
Uma brilhante faixa de luz
Solar escorre.
Bem diferente da vida
Da cidade... Entre prédios,
Pedras, praças, pontes
E, as artificialmente
Feitas... Fontes.
A vida agitada,
Amarga, devassa e sofrida.
Ahh... Que vida!
Correndo para ganhar tempo,
Sem tempo para ver,
O tempo que... Passa.
Discorre:
_Socorro! _Ah! Como queria
Ter a vida, que tem o morro!!
Olhando por entre os arranha-céus,
O manto sagrado,
Cinzento em seus véus.
Mendiga, por um minuto
E outro segundo,
Para sentar-se no topo do mundo,
E ver o tempo que decorre.
Grita: _Alguem, por favor...
Me socorre!?
A louca vida...
Sem tempo de ser socorrida,
Se esvai, quase morre.
Ou morre!?