Embriaguez

Aos poucos ela foi se aproximando
Sem que sentisse, o visitou
No início era o sol em sua vida
Com o tempo sentiu o peso da sua sombra

Tenta dela se desvencilhar
Mas como?
Nem sabe ao certo por que bebe
Parece que só a ele pertence
Quem poderá entender e lhe ajudar?

Rende-se cada vez mais e se encharca
Dela não se livra; vai se aprisionando
mais e mais
Já não vive, sobrevive
Perdeu a fé, matou a esperança
e juntos família e amigos

Pensa em alguns momentos
O que seria da bebida sem um idiota como ele?
E é nessas horas que descobre
Gosta mais dela do que dele
Embriaguez:
Desfaçatez de um pobre coitado.
Fernando Antonio Pereira
Enviado por Fernando Antonio Pereira em 26/10/2019
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