PEDRAS DO TEMPO
De pedras conheço muito: As que deixaram marcas nas mãos ao carregá-las, as que represaram a água que matou minha sede, as que me fizeram sangrar os pés ao transpor estradas e até as que me jogaram quando tentei explicar as melhores intenções. Guardei-as todas e construí os poucos degraus de que precisei para alcançar os melhores frutos da árvore próxima. Guardei as que sobraram para construir os muros que delimitam os tempos.