VIDA RURAL

Daqui da janela, dentro da igrejinha,

Bem de tardizinha,

Passa o motoqueiro,

A mulher arrastando os chinelos

O homem a cavalo

Bem logo ali à frente, o seu Zé segue o trabalho,

Motor roncando

Capim picado

Vaca ruminando,

As galinhas começam a perceber o toque de recolher

Os cachorros, parecem nunca conseguir ficar parados!

Agora, toda a atenção se volta para a igrejinha,

Cá dentro, enfeites para o altar

Lá fora, arrumação das barraquinhas,

Os tambores a aquecer

Salão de dança todo arrumado.

Quase tudo pronto!

Mas , falta ainda muita gente,

O próprio festeiro chegando atrasado!

Do nada, vem chegando com os olhos arregalados;

Desculpa gente, não conseguir chegar mais cedo,

Tava resolvendo as coisas da festa fiquei o dia todo ocupado.

E sem muitas demoras, convoca todo o povoado, usando os artifícios;

Estouros dos foguetes, a ecoar pra todos os lados.

Aos poucos vem chegando gente, feito gato pingado,

Uns saudando a todos, outros, chegam calados.

Pessoas que vieram a pé,

De moto, ou de carro,

Começa a ficar animado!

Bem a noitinha , os trabalhos cessados,

Assim como os demais, lá vem o seu zé em direção a igrejinha,

Prestar homenagens ao santo padroeiro da comunidade.

A reza vai começar!

Bonitas cantorias durante a celebração, momentos de fé e devoção.

Terminados os momentos de orações e reflexão, só falta o forró, que Promete a noite inteira!

Moça bonita, recatada, namoradeira

Gente de todo lado

Momentos de alegrias, brincadeiras.

Retomo os meus pensamentos: quanta alegria por tão pouco tempo!

Imagine então, quando chegar as outras épocas, ou momentos :

Festa de natal, de São João, batizados e casamentos....

Apesar de surgirem tantas tecnologias, mesmo as que aparecem na roça,

Não tem dinheiro neste mundo, que pague

a alegria de viver, em meio a esta simplicidade!

( J L )