Do santo ao profano
Sinto-me suja de pecados;
Vergonha da própria nudez, como Eva.
Sinto-me sem resquícios de pudor.
Durante á noite vagueio em camas desconhecidas;
Pela manhã faço precações em latim;
Pela tarde, auto flagelo-me em busca de perdão;
Pela noite volto para camas de estranhos. Meia noite desço à porta do inferno
Mais tarde tento ser digna das migalhas da mesa do Rei.
Tenho oscilado entre o santo e o profano.
Ao cabo disso n mereço vê a glória dele
Recuso-me ir ao inferno.
Condeno-me ao vagueio eterno.