HUMANOS JARROS DE VIDRO
Até aonde chegar-se n'algum seguro lugar se poderia,
[que não então se arriscaria?
Oh! Em lugar nenhum d'aqui... oh! certamente que não se haveria!
A vida... e o viver d'aqui!
Sempre... um risco a se atrever!
Mas, por que negar su'aventura visto qu'em perigos ela, pois s'encontra?
Não seria de nossa parte então... uma imensa covardia?
E, também, não se faria da vida, portanto, uma mortal apatia?
E destarte s'é:
Em qualquer instante... em qualquer hora
Um'ameaça... um perigo... a s'encontrar... a vida... na própria vida!
Ou, em poucas palavras:
Um risco... no haver comum do dia-a-dia
Do qu'em nada s'espera, todavia, pode vir...!
E por que deste modo s'é?
Somos como frágeis jarros de vidro... no prazo em que aqui estamos,
(Como a s'estar na ponta d'uma mesa a se balançar... o tempo todo)
E assim, um pequeno esbarro (na mesa... ou no próprio jarro),
[e eis que tudo já era...!
Ao que no chão s'estará somente... os nossos cacos!
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15 de outubro de 2019