HUMANOS JARROS DE VIDRO

Até aonde chegar-se n'algum seguro lugar se poderia,

[que não então se arriscaria?

Oh! Em lugar nenhum d'aqui... oh! certamente que não se haveria!

A vida... e o viver d'aqui!

Sempre... um risco a se atrever!

Mas, por que negar su'aventura visto qu'em perigos ela, pois s'encontra?

Não seria de nossa parte então... uma imensa covardia?

E, também, não se faria da vida, portanto, uma mortal apatia?

E destarte s'é:

Em qualquer instante... em qualquer hora

Um'ameaça... um perigo... a s'encontrar... a vida... na própria vida!

Ou, em poucas palavras:

Um risco... no haver comum do dia-a-dia

Do qu'em nada s'espera, todavia, pode vir...!

E por que deste modo s'é?

Somos como frágeis jarros de vidro... no prazo em que aqui estamos,

(Como a s'estar na ponta d'uma mesa a se balançar... o tempo todo)

E assim, um pequeno esbarro (na mesa... ou no próprio jarro),

[e eis que tudo já era...!

Ao que no chão s'estará somente... os nossos cacos!

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15 de outubro de 2019

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 15/10/2019
Reeditado em 16/10/2019
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