É SÉRIO, COM HUMOR
E lá vai ele, divertindo-se com a retórica,
Brincando com as letras, suas amigas,
Dispostas na boa retidão sem intrigas,
Importa a exposição de forma categórica.
Às circunstâncias externas, se agarra a razão,
Que não quer a cognição e a intuição na conexão,
Porém, a chave são as circunstâncias internas irmão,
Pois a introspecção ativa a cognição, produz a intuição,
A racionalidade insiste, não desiste, e não anota a direção, ->
A intuição transporta a cognição, incrementa a solução,
A razão é muito orgulhosa e não merece a louvação,
O Espírito sussurra, mas a sempre teimosa razão,
Não adquire conhecimento, o ápice da emoção.
O Homo Habilis, suposto sapiens na arrogância,
Não sabe quem ele é nem mesmo de onde ele veio,
Não sabe para onde ele vai e o que faz a sua ganância,
Na eterna dúvida, nem direita nem esquerda, fica no meio,
Continua perdido sem bússola, sem cachorro perdeu o rumo, ->
Não sabe se vai ou se fica; se fica é porque não vai, se vai,
É porque não fica. Então ele fica sempre fora do prumo,
Desequilibrado o pobre coitado fica no cai ou não cai,
E aí sobra da reinação, o último verso sem rima.
Com os vocábulos, se diverte o brincalhão,
Pouco se lhe dá, os percalços da estética,
Importa que na diversão da sua dialética,
Que seja possível, introduzir uma boa lição.