A ESPERA MELANCÓLICA
Na calmaria da noite fria,
a esperar o sono que tarde vem,
pensamentos soltos, tão absortos,
transporta a alma num vai e vem.
A gélida lua que brilha e encanta,
traz as lembranças, melancolia!
Era a noite mais longa, entre todas as noites,
de tantas noites que não dormia.
Vã esperança, passava a noite,
e a espera! porque não vem?
Tão inquieta, noite tardia,
onde eu sonhava, mas não dormia.
Era tarde demais para haver outra noite,
tarde demais para haver outro dia,
então passa a noite em que tanto tardaste
e logo vi que o sol nascia.
By Valdice Oliveira