"A TERRA DOS SONHOS"
“A TERRA DOS SONHOS”
“Lá longe, tão distante, bem pra lá de onde a coruja dorme...
Um par de cavalos, servindo de batedores, no prado a galopar
Uma história, bem diante dos meus olhos, a se concretizar...
Na pradaria, bem em frente à minha janela, vários carroções se aproximam
Do nada na poeira da tarde, surgem uma linda carruagem e uma donzela
Donzela a perigo, se soubesse, a quantas andam o meu coração aflito.
Meus olhos já cansados de mar
Sim, pasmem meus leitores, sou um marujo, um velho lobo do mar
Minhas vistas já cansadas já ganhou de brinde uma catarata
Mas ainda estou sedento de novas paixões e lindas conquistas
A carruagem parou bem diante da minha soleira
E um escravo de libré, bate em minha porta:
‘Bom dia nobre Senhor, minha Senhora pede um pouso e um favor...
Nesta estalagem tão antiga e conhecida, onde és o senhorio, prestes a nos dar guarida, minha Senhora quer agora, aqui pernoitar, eu sou apenas um escravo, durmo de bom grado, na cocheira, com os cavalos e o restante do gado...’
‘Adentrem-se em minha humilde casa, nobre dama e caro escravo, um bom naco de pão preto lhes servirei, e mais tarde, um cálice de xerez ou um encorpado vinho do Porto, com presteza, lhes trarei..
Nobre dama, caro escravo, sim, aqui não existem diferenças e nenhum conchavo, podem todos em minha pousada, aqui dentro pernoitar, pois até foras-da-lei no antigo e Velho Oeste, nesses retratos na parede vão notar.
Nobre dama
Caro escravo
Farei vistas grossas a qualquer desagravo
E deixo pra bem longe, outras bandas, qualquer espécie de conchavo...
Nobre dama
Caro escravo
Aqui é o Velho Oeste, mas também é conhecido como a Terra Prometida dos meus sonhos.
Falando nisso, o dia já vai alto e é hora de acordar, e de vocês, com carinho me despeço!’”
*A Terra dos Sonhos*
By Julio Cesar Mauro
11/05/2019