Pausa

Não soa bem a coisa insistente...

O ressoar da minha alma a bater na mesma tecla. E o meu coração dá o ritmo a esse som mórbido. A rotina por um instante me salva e ensaia outras notas e talvez um acorde, sinto como se fosse ser música outra vez, então retorno a este ré que faz tudo parecer um disco arranhado, mas estou ao vivo, à espera da harmonia retida e da inspiração que faça esta nossa melodia fluir novamente, a cadência que, por fim, nos erga mais alto onde um dia tememos ir, para que a gente simples e inevitavelmente dance.

(Em 22/09/2019)