São letras, são palavras
São letras que me fazem delirar de alegrias
São letras que me fazem surtar de prazeres
Transformando-se em palavras vivas
Metamorfoseando-se em puras poesias
Desde as eras das moneras, mesozoicas
Das primeiras folhas do velho Jequitibá
Quando um pedaço do céu em fogo caiu
Revelando xilografias de pterodactilos
Nas sombras das dinastias dos faraós
Escritas nas mentes dos pequenos seres
Que se viam grandes por saberem-nas usar
Oh! mortal que usas deste belo dom
Para tantas coisas inúteis e para o mal
Não sabes, nada sabes que as palavras
Foram feitas pra amar?
Que se resta, belas frases escritas
Em tuas lápides lindas e por fim
Sim, para tal fim, moribundas e frias