A Dor

Existem dias que me sinto extremamente pequena e invisível, nestes dias a voz do meu choro é inaudível. Percebo que as lagrimas escorrem involuntariamente, como águas de uma nascente. E com força bruta escancaram as janelas da alma e revelam uma dor que tento esconder de mim mesma.

A dor de não ser vista, a dor de não ser lembrada, a dor de não ser!

Em uma atitude desesperada, o esconderijo é revelado. O egoísmo só meu, embaça a visão, os passos são vacilantes por um caminho que não acaba bem. Mais uma lagrima, ou algumas... A dor aguda me cobre, mas não faz cessar o frio. Tudo em mim pede socorro, reconheço a dor de não ser ouvida, o ciclo se repete. Mais uma lagrima, ou algumas, os monstros voltam, puxam meus pés e os prende em um cruel lamentar. As magoas não me deixam... O sofrimento é escolha sua, me dizem, mas não me ouvem, não querem entender o que se passa. Quando a dor não é física é ignorada!

Eu não aprendi a desistir, e o fim está distante não consigo enxergá-lo, minha força está se esgotando. Lutar parece não fazer sentido, só traz mais dor, não estou sabendo o que fazer, não tenho visto nada além das lagrimas. Elas me desfazem e eu estou cada vez mais distante de mim.

Não estou sabendo para onde ir, os espaços não me cabem e parece não existir um lugar para mim... Se não fosse de novo esse egoísmo gritando em meus ouvidos, talvez eu conseguisse aliviar o sofrer. Mas eu simplesmente não consigo, e não entendo o porquê.

Alessandra Fersan
Enviado por Alessandra Fersan em 10/09/2019
Código do texto: T6742174
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