Amor Incurável.
Viver, disse Rosa, é arriscado.
Amar também o é
Se amo exponho minhas fragilidades
Dou o coração para bater
E chego a sangrar de dor.
Até morro, mas é doce morrer de amor.
Para evitar tal desgraça.
Recomendam cuidados no amor.
Que é melhor não se entregar.
Que em homem não se deve confiar.
E os prazeres do amor?
E a plenitude da vida nos braços do amado?
De que me serve viver em regime de amor?
Vou vivendo e correndo riscos.
Amando e vibrando.
Até que o coração se acomode.
Ou se torne invulnerável.
A essa doença que me queima
E que é até hoje incurável.