De encontro a submissão
Meu amor, se meus lábios já pousaram noutros.
Se meus dedos já acariciaram outro.
Se deixer-me por vinho na cama de outro deitar.
Conjuro-te, esqueça tais confissões.
Pois já não sou esta que confessou.
Me ponho como bandeja para te servir.
Que ciúmes! Ciúmes da esponja que entra em atrito com tua pele, na hora do banho.
Quanto ciúmes! Da xícara de porcelana onde tu bebes café todas as manhãs.
Tal ciúmes! Da cama onde teu corpo cansado repousas.
Inenarrável ciúmes! De quando teus olhos pousam em cortesãns na rua do ouvidor.
Estou sendo socateada com golpes invisíveis. Ah que dor sinto! Dor de não te sentir.