ANO NOVO
ANO NOVO, vida nova,
Votos sinceros assim.
Fogos pipocando no ar,
Amigos distantes, ausentes,
Mandam mensagens diferentes,
Algumas especiais para mim.
O Céu escuro fica iluminado,
Como se as estrelas estivessem
Sempre ao alcance das mãos.
As tristezas ficam de lado,
Com os importantes recados,
Saídos ou não do coração.
São tantas mensagens cifradas,
Outras carregadas de emoção.
Todas trazem votos do povo,
Desejando Feliz Ano Novo,
Pensamentos de paz e união.
Dentre aquelas recebidas,
Uma marcou minha vida,
Por seu significado especial.
Ela não foi como outra qualquer:
Um cartão de uma cena comum:
Um porta-bebida de prata,
Duas taças de cristal importado,
Um “moechandon” bem gelado,
Duas rosas vermelhas encarnadas,
E um texto sempre atual:
“Que todos seus sonhos se realizem,
no ano que vai nascer”...
Meu coração logo entendeu,
O que aquilo queria dizer:
Era que a paixão havia acabado,
Nosso caso estava encerrado,
Não havia porque continuar.
Ao invés de ficar transtornado,
Brindei com champanhe sozinho,
Pois não sei desistir do caminho,
Que escolhi para a vida trilhar.
Fui um arlequim em seus braços,
Um talismã no seu regaço,
Mas só hoje consigo entender.
Se não fui o amor da sua vida,
Não quero sofrer na despedida,
Me conformo em tudo acabar.
Se a sorte não sorriu para mim,
Continuarei o mesmo arlequim,
Buscando novo amor encontrar.