Jacinto

Era um olhar de horizonte

Abrangente, como assinatura de Deus.

E com a preciosidade das horas,

Jacinto orava:

Prá ter familia sadia

Mulher muito caprichosa

Filha que nem Maria;

Amizade verdadeira

Ter a utilidade da chuva,

E sol que vem dar bom dia.

E se não desse, daria

Porque viver é conversar

É diluir opinião.

Sacramentar uma jura

Andar de alma lavada,

Com graça de ser Cristão

Ouvia-se reza estranha,

E palavras na contra mão

O grito encantado

Os olhos molhados

Risos estridentes,

A encabulação.

O abraço bem dado,

Um aperto de mão!

Um dia houve grande felicidade

Sentiu tamanha alegria

Que ja não cabia no tempo

E foi se deslocando leve

Brincando igual pluma branca

Sem procurar direção.

Desnudou-se completamente no grande universo!

Jacinto, negociava com Deus!