A muda que virou jardim
Antes ela era apenas uma pequena muda
E de tanto andar, cair e levantar acabou por mudar
Se tornou flor e foi florir por aí
Não contente desejou ser jardim, então aprofundou suas raízes, regou seus sonhos e aflorou suas flores
Percebeu que a solidão a acompanhava, mas somente ela seria responsável pela tal chamada felicidade
Chorou, sorriu, progrediu e por vezes sumiu
Por diversas vezes pensou em desistir, sentia-se fraca em meio a tanta dor, com o aperto da saudade e o amadurecimento da mocidade
Sonhou com seu grande amor
Mas achava que jamais amaria alguém novamente
Deu chance para si mesma
Resolveu amar-se
A mais pura verdade estava dentro de si,
Não importava a opinião de ninguém a seu respeito, ela estava firme, forte e determinada
A seguir a voz interna de sua alma
Aquela voz que cala, acalma e afaga
Ela encontrou o amor a si dentro de seu peito, o amor mais sublime e mais verdadeiro, aquele amor tão maior quanto o de sua mãe por ela. O amor divino, celestial, único e sem igual
A partir deste dia nunca mais sentiu vazio algum. Tudo ou nada precisava fazer sentido. Toda razão de seu viver estava simplesmente e eternamente fundida em si. Ela descobriu que era luz, o próprio amor, e nada, absolutamente coisa alguma poderia deter-lhe. Tudo seria possível em seu viver. Bastava apenas acreditar e então tudo, simplesmente tudo iria se realizar! Ela se completa... Não precisa de metades para se sentir viva e amada. Esse é o simples e especial sentido para ela ter UM MOTIVO PARA VIVER...