como esqueletos mascarados talvez
Não que eu seja daquela que não fica com alguém numa festa e desaparece em busca de outra boca onde não farei morada. Mas, um encontro? Não é suficiente, não é tanto assim, não é bastante. Bastante até é só que depende muito do caso. Já me apaixonei numa vez só, depois conto, agora não é a hora. O caso é que leva um pouco mais de tempo pra coisas sintonizarem. São passos e passos e toques e degraus (desviar dos muros). Ir direto ao ponto sem antes estimular é dar de cara como fracasso. O fato é que cheguei até o meu destino e ela estava lá, onde a procurei mas jurava não encontrar. Me olhando e eu assustada sem nem saber estar assustada
desviei o olhar. meu olhar
era turvo depois de fumar
passei como se não tivesse visto.
era meu amor
que não mais existe,
indo se divertir, sem mim
e eu em outra direção, me descobrir
sem ele.
Ia lhe oferecer afeto
mas o pássaro voou da mão
ia comprar fruta na primeira oportunidade
mas me rendi
com a falta do ar esfomeado de uma wafer chocolate.
ás vezes saudável
namoro o ato.
intoxicada sem a frutose suculenta
prestes a explodir excesso de carboidratos.
Ah bem, eu podia ter lhe dado amor,
ter me dado amor,
não ter me dado,
estamos acabadas.
Me desculpe cara leitora, por começar uma história e me desviar pra poesia. é que me empolga lembrar dele.
engana-se quem acha que com qualquer pessoa rola sintonia.
24 agosto 19
Beleléu