Autor da própria história

Dias azuis de Junho turvo, o frio que arde no peito desatina o brilho dos olhos embaraça a mente, um djavu incerto num final não vivido.

Onde pega a estrada de volta para escrever um novo começo? Sim, eu sei, a frase não é esta, como começar agora, também não trará um novo fim.

Tá tudo errado!

Tá tudo fora do lugar!

Faltam peças no quebra cabeça, os pés estão nas costas a cabeça está no chão.

Queria eu ser autora do próprio texto, onde tudo estaria certo e no devido lugar, os pés estariam no chão, a cabeça no alto, o quebra cabeça seria um óleo sobre tela, de risco leves e cores suaves, a estrada larga e reta, um djavu de ideia concreta, corpo são, mente sã, olhos no horizonte, canto de gaivotas no entardecer de céu azul num dia frio de junho, um Coração quente contemplando o turvo no cair da noite que logo chegaria.

E ter a chance de recomeçar na próxima alvorada.

Sandra Paganini

San Paganini
Enviado por San Paganini em 13/08/2019
Reeditado em 13/08/2019
Código do texto: T6719275
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