MEU VELHO NA MOCIDADE
Meu velho na mocidade
Deparo com meus argumentos, confrontando minhas atitudes, um pensar de lamentos, desequilíbrio da juventude, um grito pelo arrependimento, um ato de desespero, falar sem discernimento, emocional fugaz e passageiro, a torneira aberta continua sangrando, aquela velha carne atropelando, de tudo que faria com minha extensa cartilha, aprender do pão de palavras a partilha, aquilo que aconteceu, quando febril seu espírito padeceu, seria tudo em vão, não bastaria esse mundo cão, um diferencial na multidão, vejo muito claro, o melhor é raro, ser vitorioso é caro, quem não paga submete, onde o erro repete, o jardim não nasce flor, a condição escolhida refere dor, pois o ciclo oportuna escolher, mesmo que o ensino faz doer, precisa se coragem em não retroceder, libertar se escravidão, aprofundar a questão, acreditar no real perdão, se é mentira não sei, mas a briga do meu eu é uma verdade, lutar pra que o velho não viva a mocidade.
Giovane Silva Santos