Lar

Quanto mais me hospedam em suas casas, mas sinto falta do meu lar. Nenhum canto pode ser mais doce, como esse ao qual eu pertenço!

Minhas botas de viagem batem os pisos das boas salas, que não são minhas. Quem me dera poder sentir meus pés nas meias ao tocar o assoalho frio que conheço bem!

Lugares à mesa, minhas costas retas em uma cadeira, espero jantares. Quanta bobagem! Em sonhos ainda sinto o perfume do jasmim que plantei perto da janela enquanto tomo meu chá.

Ao recostar em bons e macios travesseiros, estranho o cheiro, os colchões ejetam meu corpo, corpo de um qualquer sobre os lençóis de outros. Escorre uma lágrima sempre que me deito, saudades do meu próprio aposento, onde a cama já possui o encaixe perfeito, acolhe meu corpo, meu sonho e meu jeito.

Sinceramente agradeço por cada porta aberta, mas a minha alegria só é completa nos braços do meu lar.

(Em 08/08/2019)