O tempo e eu
Uma das coisas que sinto mais fortemente na minha relação com o tempo, é que talvez eu não pertença ao atual.
Não é incomum eu me sentir deslocado aqui e agora e ao mesmo tempo uma atração por épocas que não vivi.
Assumo, sou apegado ao passado. Não necessariamente ao meu; até porque o período entre o meu nascimento e o agora, no tempo do mundo, não passa de mero presente.
Devo ser uma daquelas almas antigas que algumas religiões assim classificam.
Sendo assim eu poderia ter tido muitas outras existências corpóreas e a soma das bagagens de todas elas estariam gravadas em mim.