Até o Silêncio é Gelado

Pensamentos vagos em Noites de inverno

Entre a madrugada

Fria de inverno

Me faltam as letras

Nos bolsos vazios

De meu velho terno;

Sopram os soluços

Dos loucos ventos

Do pouco tempo

Que não é eterno,

Tempo sorrateiro

Que congela o pampa

Altaneiro e campeiro.

Busco notas em milongas

Frias as desalmadas

As pálidas estrofes

No dueto do meu violão

O som da escrita

E do chimarrão

Vem na lembrança

O Minuano passado

O nó na garganta

Que o sincelo arrebata

Recordação do poeta

Pois agora tudo

Se completa no

Simples rabiscado

Pois na solidão

Do poeta

Até o Silêncio

é gelado

Seu eterno menino
Enviado por Seu eterno menino em 05/08/2019
Código do texto: T6713332
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