Efetividade

Se de uma lenda absurda,

Contada quiçá mais de milhão,

Fizestes o alicerce da vida.

Ah! Não mereces viver.

Se de vinagre dito vinho,

E pão mofado dito carne,

Fizestes de beber e comer.

Ah! Não mereces o vigor.

Se das pernas salubres,

E voz de bom tom,

Desperdiçastes em préstitos.

Ah! Não mereces a robustez.

Se da inteligência natural,

Que o faz raciocinar,

Desperdiçastes em leitura de um só livro.

Ah! Não mereces a sanidade.

Se desse poema insólito,

Escrito sem receio ou compromisso,

Tivestes asco e aversão.

Ah! Não merecia tê-lo lido.

Fabricio Oliveira
Enviado por Fabricio Oliveira em 27/09/2007
Reeditado em 19/12/2014
Código do texto: T671309
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