Efetividade
Se de uma lenda absurda,
Contada quiçá mais de milhão,
Fizestes o alicerce da vida.
Ah! Não mereces viver.
Se de vinagre dito vinho,
E pão mofado dito carne,
Fizestes de beber e comer.
Ah! Não mereces o vigor.
Se das pernas salubres,
E voz de bom tom,
Desperdiçastes em préstitos.
Ah! Não mereces a robustez.
Se da inteligência natural,
Que o faz raciocinar,
Desperdiçastes em leitura de um só livro.
Ah! Não mereces a sanidade.
Se desse poema insólito,
Escrito sem receio ou compromisso,
Tivestes asco e aversão.
Ah! Não merecia tê-lo lido.