A PIOR FORMA DO MAL
Que façam, que façamos, coletas e coletâneas, seletas e seleções. Agarra-me, puxa-me, cuida de mim. Não deixes que eu me vá, que o destino me embale em suas propostas. Que eu me perca, não deixe.
Tampai meus olhos para que a acusação não decapite. Fechai minha bica por luz e fio de encanto, de que farda guerra os guia. Curai minha audição com modos de filha inacabada, selvageria górgona de tirania atual.
Névoa densa, condensa em traças do reino. Vigia-me em vigílio, para que nada vos agradeça. Somente e sempre peça. Ata-me as mãos a forma de que o ar se esbalde. Fortifica, crucifica meu corpo nas pedras. Como se algo fosse palpitações em veia contínua.
Não deixais que eu mova as pessoas. Confiai em teus inimigos, entregai a tais segredos, porém não me deixe solamente almofadas ao solo. Perigo correm teus seguidores á proximidade de meu ser. Comsuma-me e devolução pois foi. Reverso de veneno, resultado semelhante.
Olhai descaradamente as peles, armaduras. Nunca olhai a mim. Eu não mereço. Ponha o diálogo na porta, porque vou regar o jardim, seco e avante em misérias. Chego a molhar e as construções roubam minha atenção. De azul a fosco, folhas e parreirais iguais.
Dis um monte de vítimas que eu não estava lá, eu estava lá. Também estava lá. Nos treze trabalhos de Hércules, nas oito maravilhas, franco de tripulações. Falei com eles. Os quinze profetas, os cinco reis magos. Inventei ausente de consciência e desejo construindo onze mandamentos.
Á fraque, rasgadeira. Onde eu estou? Em qual história não me puseram? Ego fatal de megalópoles. Entranhas pequenas, problemas, mal tudo vale a pena. Ouso, repito e falo outra vez a mais real verdade: a verdade dói!
Empolgastes á toa, já disse que não te mereço. Persuadir propositalmente, merecidos de sexo. Introduções de um parabéns desanimado, sem animação-fração. Fervo em perigos universais. Me apresento neste fim sem máscara como a pior forma do mal: a demasiada bondade.